Thursday, July 20, 2006

Cadê a minha sorte no amor!!!!

Segunda feira foi um dia difícil, mais difícil ainda quando percebi que tinha perdido mais uma aposta. Eu sempre aposto quando tenho certeza, mas ultimamente nem a minha certeza anda dando certo.
Ultimamente tenho perdido no Truco, no Pocker, no Master e na corrida até a ponta da praia (isso eu realmente não fazia questão, já que detesto correr). Perdi também num tal jogo de beber. Foi tanta zica que as pessoas ficaram com pena de mim e falavam, "OK, você pode virar só meia dose".
Ando perdendo até par ou impar!!! Literalmente. Pedi par (que nunca me falha) e perdi... paciência.
Bom, por causa desta última aposta perdida estou devendo uma Erdinger, que será devidamente paga assim que quem apostou comigo se lembrar que eu perdi.

Thursday, July 06, 2006

Eles trabalham onde você se diverte.

Depois de um teste rápido que avaliava minhas boas maneiras ao atender um cliente e minha habilidade de fazer contas de cabeça recebi um telefonema do gerente, que me perguntava se poderia começar no dia seguinte. Aceita a proposta, fui ao pub na hora combinada para começar a trabalhar.
Cheguei por volta das quatro da tarde, já que o movimento começava a aumentar as seis. Assim teria tempo para me situar e aprender os nomes das bebidas e os pratos da casa.
O gerente, David, me mostrou como funcionava a caixa registradora, como deveria anotar os pedidos para a cozinha e as bebidas para o bar, deu uma geral sobre os pratos da casa, sobre as bebidas e em qual copo deveria servir o quê.
Depois desta breve explicação fomos ao meu primeiro teste. Era um pedido simples, dois pints de Stella Artois e uma vodka com Red Bull. Depois de uns três pedidos já estava atendendo sozinha.
A comida foi um capítulo a parte. No canto do balcão tinha uma luzinha vermelha que acendia quando tinha algum prato esperando no elevador que trazia a comida da cozinha para o bar.
Perto do elevador tinha um mapa com as mesas e seus números. Até me localizar ali foi difícil, ainda mais quando os queridos clientes juntavam mesas ou mudavam de lugar sem avisar. Carregar mais de dois pratos de uma só vez também foi uma tarefa que me rendeu algum tempo de treino, fora equilibrar uma bandeja cheia de copos.
Antes de me abandonar no bar meu chefe me deu mais um conselho. “Sempre repita o pedido assim que ele for feito. Assim você evita erros e memoriza mais fácil”. O conselho foi aceito, e muito bem utilizado durante minha estada no pub.
Achei que por ser uma freqüentadora assídua de bares não teria problemas com as bebidas. Ledo engano. Existem inúmeras maneiras de se pedir o mesmo drink, dependendo da intimidade do cliente com a bebida.
Uma vodka com suco de laranja, pode ser Screwdriver, Hi-fi ou simplesmente vodka com suco de laranja. Um Jack Daniel´s pode virar JD ou Jack, para os íntimos, Bourbon ou até “aquele uísque de milho”.
Éramos três atendendo e o movimento só aumentava na medida em que seis horas da tarde se aproximava. Entre seis e oito o movimento era enorme e quase enlouqueci correndo de um lado pra outro do balcão. Cada um que vinha pedia duas ou três coisas diferentes e você tinha que atender toda simpática mesmo com os pés doendo de tanto ficar em pé.
Tinha uns mal humorados, uns grosseiros, outros mais simpáticos e os galanteadores. Na medida em que o tempo ia passando eles iam ficando mais e mais bêbados e essas características iam se acentuando, sem esquecer da língua enrolada, que muitas vezes impossibilitava de entender o que diziam.
De meia em meia hora uma de nós saía do bar e ia para o salão recolher copos e trocar cinzeiros, o que para quem não fuma é uma tarefa um pouco desagradável. Os copos sujos iam direto para a máquina de lavar e os cinzeiros eram limpos com um pincel para tirar as cinzas. Os cinzeiros em estado mais crítico eram lavados (é impressionante o que algumas pessoas podem fazer com um cinzeiro).
Fim do expediente. Quando o último cliente sai, e você pensa que pode ir pra casa dormir, é que começa o trabalho de verdade.
Todas as mesas são limpas com dois produtos. Um que tira a gordura e outro que desinfeta. Todos os copos são lavados, secos e recolocados nas prateleiras. Os pratos e talheres são levados para a cozinha. Os barris que devem ser trocados são, e uma pessoa (sem descriminação de sexo já que cavalheirismo está fora de moda) fica responsável por reabastecer geladeiras e prateleiras com cerveja, vinhos, destilados e afins.
Enquanto uma pessoa fica responsável por esvaziar todas as latas de lixo, cheias de garrafas e cinza de cigarro, e levar o lixo pra fora, outra dá uma geral nos banheiros, para ver se não ficou ninguém para trás e olha as mesas para ver o que foi esquecido. Os itens mais comuns são guarda-chuvas (quem nunca perdeu um) e casacos (bêbados não sentem frio), mas já foi achado um sapato, óculos de grau, mochilas e até um ursinho de pelúcia que acabou virando o nosso mascote, Roger (o Roger hoje habita a minha prateleira aqui em São Paulo).
Quando finalmente termina, as pernas doem, os pés doem, as costas doem, o cabelo cheira a cigarro, as mãos cheiram cerveja e os sapatos também, devido aos pingos e acidentes de percurso. Tudo que você quer é desabar na cama e acordar só as três horas da tarde, quando começa tudo de novo.
Como freqüentadores, às vezes não damos valor às pessoas que estão nos atendendo e não entendemos quando a pessoa se confunde ou demora a trazer o pedido. Obviamente o bom trabalho e a eficiência têm que existir, mas muitas vezes não lembramos que aqueles que nos atendem estão trabalhando e podem estar cansados, de mau humor ou simplesmente estão tendo um dia ruim.

Saturday, July 01, 2006

Éramos 9...


Na verdade éramos uns 15, e ainda somos...
Praia Brava, 1999