Thursday, November 23, 2006

Capivaras, Inc

Eram três destemidos aspirantes à radialista de uma faculdade de playboy, convidados para passar um fim-de-semana na fazenda. Por causa de compromissos, alguns nobres e outros nem tanto, tinham que voltar no sábado e não no domingo, como o resto do pessoal.

Decidiram viajar na sexta à noite e depois de encontros e desencontros, colocaram o pé na estrada por volta da meia noite. Com edredons, cobertores, travesseiros e sleeping bags foram buscar outras duas amigas, que cansadas de esperar até altas horas desistiram da viagem.

Com um mapa um pouco confuso (na verdade confusas eram as pessoas vendo o mapa), um leve soninho e muita fome, os três partiram para o interior.

Uma parada rápida em um posto de gasolina e a menina acorda com um Todinho, que foi atirado no banco de trás. “Você não quer?”. Meio sonolenta ela esquece do Todinho, se acomoda nos edredons e travesseiros e volta a dormir.

Mais uma parada. “Acho que estamos perdidos. Vamos perguntar para esse pessoal aqui”. O vidro abre e junto com o frio da madrugada entra uma fumacinha de mato.
“Você quer?”. Ela se enrola nos edredons e resmunga para que fechem a porta do carro por causa do frio.

E o carro sacode. Sacode pra um lado, sacode pro outro.

- Cadê o maldito portão vermelho! Não era pra ter um portão vermelho aqui?
- A gente ta perdido? – diz ela ainda meio desorientada.
- Estamos. Já faz um tempo.

Depois de mais meia hora e muitas quase desistências eles finalmente acham o portão vermelho.

Na fazenda muita gente ainda estava acordada. Eles chegam, se acomodam e, antes de dormir, ouvem pela 9753ª vez aquela música irritante da Jewel, cantada por uma amiga.

No dia seguinte, churrasco, caipirinha, cerveja, piscina, conversas, tênis, conversa, churrasco, caipirinha, tênis com cerveja, tênis com caipirinha, piscina com caipirinha, piscina com churrasco, tênis com churrasco e conversas com cerveja.

No final da tarde, os três amigos resolvem voltar para a capital para os seus compromissos, os nobres e os nem tanto. Colocam as mochilas, os cobertores, os edredons, os travesseiros e os spleeping bags no carro e pegam a estrada. Na fita cassete músicas animadas dos tempos de matinê.

Já anoitecia quando, ao som de “It´s Raining Man”, o motorista breca bruscamente e o carro bate em alguma coisa. Os edredons e travesseiros voam para frente, o silêncio invade o carro e a alegria desgovernada dá lugar a uma sobriedade imediata.

Na escuridão da estradinha cheia de curvas um monte de pêlos marrom-claro dá seu último suspiro. Uma capivara, que naquele momento atravessava tranquilamente a estrada e não viu o Fiesta azul marinho vindo em sua direção.

Com a ventoinha quebrada e o carro fervendo, conseguem chegar até a próxima cidade. Decidem que o motorista fica com o carro esperando o guincho e os outros dois voltam para a capital, para os seus compromissos nobres e os nem tanto.

Na rodoviária da cidade não tem mais ônibus direto aquele dia. Os dois amigos decidem pegar um ônibus até a cidade mais próxima e de lá partir para a capital.

Enquanto esperam o ônibus ele liga para a namorada.

- Oi, já tá pronta? Então, atropelamos uma capirava e zoou a ventoinha. Tá tudo bem. Vou pegar um ônibus até Campinas, depois um outro até São Paulo. Já, já estou aí. Beijos.

Chegando à próxima cidade ela tenta ligar para casa.

- Falou com a sua mãe?
- Não consegui, liguei pra um rolinho.
- Aquele?
- O próprio... A que horas você tem que estar na festa?
- Meia noite.
- Onde é?
- Serra da Cantareira.
- Já são quase 10 e nós ainda nem saímos daqui...

No meio do caminho ele liga de novo.

- Daqui a 20 minutos to na rodoviária. Vou pegar um metrô e te encontro na Santa Cruz. Pega meu smoking e meu sapato. Vou sem tomar banho mesmo e me troco no carro. Ah! Aprende o caminho para você me explicar depois.

Assim que desliga, o telefone toca de novo.

- Eu sei. To chegando, vai dar tudo certo. Tenta atrasar a valsa... Valsa sempre atrasa.

Desliga o telefone atrapalhado.

- São quase onze, será que vai dar tempo?
- Num sei, mas tenho que tentar. Valsa atrasa né?
- Será? Debutante não é que nem noiva.

Chegando à rodoviária o relógio já marcava onze pouco. Os dois pegam as mochilas e saem em disparada para o metrô. Compram as passagens, descem as escadas correndo e respiram por 30 infinitos segundos até o trem parar. A cada estação a vontade de pedir para seguir direto até a Santa Cruz aumentava. Se com a filha do chefe não se mexe, com baile de debutante da filha do chefe menos ainda.

O trem pára na estação e o cavalheirismo já nem existia mais. “Desculpa, tenho que correr. Preciso chegar lá em 15 minutos”, disse ele antes de sumir no meio das pessoas que subiam as escadas rolantes.

Ela chega ao nível da rua e não muito longe dali vê o Ford Ka parado com o pisca ligado. Ela entra e eles seguem para tomar um negócinho e comer uma coisinha. Afinal é sábado à noite.

É difícil dar presente pra você!!!

Foi a primeira coisa que li hoje quando abri meus e-mails.
Já explico.
Estamos organizando um amigo secreto e como alguns não se conhecem ficamos de escrever um “perfil” para facilitar a vida.
A frase acima foi dita, ou escrita, por uma pessoinha linda que me conhece há aproximadamente 13 anos e o motivo da “revolta” foi a última frase do meu breve “perfil”, que exprime a minha insatisfação com a tendência masculina em dar bichos de pelúcia e a minha preferência por presentes “úteis”, ou que tenham algum valor sentimental.
Eu sei que é um presente mais fácil, mas para que serve um bicho de pelúcia se não para acumular poeira e ocupar espaço na estante. Ta certo que tenho o Roger, que era mascote do Pub, e um Bizonho, que tenho desde que me entendo por gente, mas a minha “paixão” por bichos de pelúcia acaba ai.
Ganhar um bicho de pelúcia (digo isso para mim e não para todas as mulheres) é um reflexo de que a pessoa pensou “Bicho de pelúcia todo mundo gosta. Vou comprar qualquer um e daí passo naquela loja ver um som novo pro carro”.
Esse meu ódio, quase um trauma, não é só por bicho de pelúcia, e sim por todos os presentes que a gente ganha e percebe que a pessoa não tem a menor idéia de quem você é e nem do que você gosta.
Acho difícil comprar presentes para quem eu mal conheço e realmente não sei se acerto todas, mas procuro comprar algo que tenha a ver com a pessoa e que não vá ser abandonado assim que chegar em casa.
Como boa capricorniana, sou uma pessoa prática e como toda mulher, adoro um mimo que diz nas entrelinhas, “Eu me empenhei em comprar um presente que eu sei que você vai gostar”. Não precisa ser um presente caro (se bem que não me incomodaria). Às vezes um CD com AS músicas, fotos que lembram momentos divertidos ou até um pedaço de papel com meia dúzia de frases, valem mais do que um maldito bicho de pelúcia de 2 metros de altura que custou uma fortuna.

Monday, November 06, 2006

Bons tempos!!!!

Falando em tempos da facul de RTV....
Essa foto é deste ano, mas estavamos lembrando de alguma traquinagem... capivaras talvez???

Wednesday, November 01, 2006

Agora é oficial!!!!

Depois de quase 4 anos de formada e muitas emoções eu finalmente peguei o meu diploma de Radialista.
Com R$69,70 e quase um ano de espera, agora sou oficialmente uma comunicóloga especializada em radio e televisão.
Daí, a pergunta que não quer calar...

O que era mesmo que eu ia fazer com isso????

1- Enquadrar e deixar no meu "escritório", quando tiver um.
2- Embrulhar, colocar um laço e dar de presente para ao meu pai no Natal, aniversário, dias dos pais e afins...
3- Tirar o DRT em uma carteira de trabalho que tem 6 anos, nunca foi usada e não tem perspectiva alguma de uso.
4- Tirar o MTB (assim que me formar jornalista e demorar outros 4 anos pra pegar o diploma) na mesma carteira de trabalho.
5- Deixar numa gaveta e daqui dez anos olhar e lembrar. "Bons tempos!!!"

Alguém tem alguma outra sugestão??

Wednesday, October 25, 2006

Tem dias...

Tem dias que os 50 canais da TV a cabo não servem pra nada.

Qualquer semelhança...

Tem gente que desaparece da sua vida. Dão o ar da graça do nada e depois somem. Assim como se nada tivesse acontecido.

O telefone toca e no identificador de chamada um número que quase foi deletado na última crise de Amélia, aquela que era mulher de verdade.

- Oi!
- Tudo bem? Tô meio da correria, mas preciso te perguntar uma coisa.

Não sei por que as pessoas fazem isso. Ficam séculos sem ligar e quando ligam é porque precisam pedir de alguma coisa.

- To indo pra África e precisava saber o nome daquele livro.
- Você me liga depois de tanto tempo pra dizer que vai pra África, assim?
- Na verdade liguei por causa do livro. Como era o nome mesmo?
- Não sei que livro é esse. O que você vai fazer na África?
- Trabalhar. Aquele livro que você me falou aquele dia naquele barzinho perto da casa da tua tia.
- Mas vai trabalhar onde? Quanto tempo vai ficar lá?
- Dois anos.
- Dois anos!!!!!!! Você vai ficar dois anos fora, e me liga só por causa de um livro!! Nem pra falar tchau seu desgraçado...
- Mas não ia dar tempo contar pra todo mundo. Te falei que foi na correria.
- Mas eu sou eu, não sou todo mundo. Tô de TPM e não lembro qual livro que te indiquei há 5 anos.
- Era um da mulher do Prestes, aquela que morreu no campo de concentração.
- Olga.
- Isso!! Valeu... Deixa eu ir então.
- Hein?!?!?!?!
- Te falei, tô na correria... tchau, se cuida...

Tu tu tu tu tu tu tu tu tu tu tu ......

????

Colírio é só para os olhos...

E lá estava ele. Lindo. O nariz perfeito, nem grande e nem pequeno, os olhos claros de ressaca, o cabelo propositalmente bagunçado, o rosto forte e o sorriso... um sorriso de canto de boca desconcertante que por alguns breves segundos me fazia esquecer que a boca já estava entreaberta, os olhos já estavam perdidos e o pensamento já estava bem longe daquela sala. Quando passava eu prendia a respiração para disfarçar que observava seu andar leve e o jeito divertido com que cruzava meu caminho e melhorava o meu humor matinal.
Simplesmente lindo, mas só fala de carros, adora “Velozes e Furiosos”, não gosta do Chico, não lê nem cardápio. Não sabe onde fica o Cazaquistão, não sabe o que é o Hesbolá. Não sabe dizer o nome de nenhum Beatle e tem um jeito cafajeste de falar de cada mulher que passa, principalmente as com cabelos irritantemente lisos.

Thursday, September 21, 2006

Ministério da Saúde adverte:

Fazer Yoga com um olho com lente e outro sem pode ser prejudicial a pessoas desequilibradas.
Ai meus joelhos!!!!

Wednesday, August 16, 2006

Sou filha do meu pai por que:

1- sou míope
2- adoro um docinho e uma junk food
3- minha organização é desorganizada e só eu entendo
4- tenho problemas com coisas eletrônicas
5- nenhum poder de síntese
6- mania de guardar papelzinho
7- meu carro é uma bagunça
8- me apego a coisa velha sem nenhum valor
9- gosto de Beatles
10- acho que sei fotografar
11- compro livros compulsivamente
12- não empresto nada porque depois não sei pra quem emprestei
13- adoro fazer listas

Thursday, July 20, 2006

Cadê a minha sorte no amor!!!!

Segunda feira foi um dia difícil, mais difícil ainda quando percebi que tinha perdido mais uma aposta. Eu sempre aposto quando tenho certeza, mas ultimamente nem a minha certeza anda dando certo.
Ultimamente tenho perdido no Truco, no Pocker, no Master e na corrida até a ponta da praia (isso eu realmente não fazia questão, já que detesto correr). Perdi também num tal jogo de beber. Foi tanta zica que as pessoas ficaram com pena de mim e falavam, "OK, você pode virar só meia dose".
Ando perdendo até par ou impar!!! Literalmente. Pedi par (que nunca me falha) e perdi... paciência.
Bom, por causa desta última aposta perdida estou devendo uma Erdinger, que será devidamente paga assim que quem apostou comigo se lembrar que eu perdi.

Thursday, July 06, 2006

Eles trabalham onde você se diverte.

Depois de um teste rápido que avaliava minhas boas maneiras ao atender um cliente e minha habilidade de fazer contas de cabeça recebi um telefonema do gerente, que me perguntava se poderia começar no dia seguinte. Aceita a proposta, fui ao pub na hora combinada para começar a trabalhar.
Cheguei por volta das quatro da tarde, já que o movimento começava a aumentar as seis. Assim teria tempo para me situar e aprender os nomes das bebidas e os pratos da casa.
O gerente, David, me mostrou como funcionava a caixa registradora, como deveria anotar os pedidos para a cozinha e as bebidas para o bar, deu uma geral sobre os pratos da casa, sobre as bebidas e em qual copo deveria servir o quê.
Depois desta breve explicação fomos ao meu primeiro teste. Era um pedido simples, dois pints de Stella Artois e uma vodka com Red Bull. Depois de uns três pedidos já estava atendendo sozinha.
A comida foi um capítulo a parte. No canto do balcão tinha uma luzinha vermelha que acendia quando tinha algum prato esperando no elevador que trazia a comida da cozinha para o bar.
Perto do elevador tinha um mapa com as mesas e seus números. Até me localizar ali foi difícil, ainda mais quando os queridos clientes juntavam mesas ou mudavam de lugar sem avisar. Carregar mais de dois pratos de uma só vez também foi uma tarefa que me rendeu algum tempo de treino, fora equilibrar uma bandeja cheia de copos.
Antes de me abandonar no bar meu chefe me deu mais um conselho. “Sempre repita o pedido assim que ele for feito. Assim você evita erros e memoriza mais fácil”. O conselho foi aceito, e muito bem utilizado durante minha estada no pub.
Achei que por ser uma freqüentadora assídua de bares não teria problemas com as bebidas. Ledo engano. Existem inúmeras maneiras de se pedir o mesmo drink, dependendo da intimidade do cliente com a bebida.
Uma vodka com suco de laranja, pode ser Screwdriver, Hi-fi ou simplesmente vodka com suco de laranja. Um Jack Daniel´s pode virar JD ou Jack, para os íntimos, Bourbon ou até “aquele uísque de milho”.
Éramos três atendendo e o movimento só aumentava na medida em que seis horas da tarde se aproximava. Entre seis e oito o movimento era enorme e quase enlouqueci correndo de um lado pra outro do balcão. Cada um que vinha pedia duas ou três coisas diferentes e você tinha que atender toda simpática mesmo com os pés doendo de tanto ficar em pé.
Tinha uns mal humorados, uns grosseiros, outros mais simpáticos e os galanteadores. Na medida em que o tempo ia passando eles iam ficando mais e mais bêbados e essas características iam se acentuando, sem esquecer da língua enrolada, que muitas vezes impossibilitava de entender o que diziam.
De meia em meia hora uma de nós saía do bar e ia para o salão recolher copos e trocar cinzeiros, o que para quem não fuma é uma tarefa um pouco desagradável. Os copos sujos iam direto para a máquina de lavar e os cinzeiros eram limpos com um pincel para tirar as cinzas. Os cinzeiros em estado mais crítico eram lavados (é impressionante o que algumas pessoas podem fazer com um cinzeiro).
Fim do expediente. Quando o último cliente sai, e você pensa que pode ir pra casa dormir, é que começa o trabalho de verdade.
Todas as mesas são limpas com dois produtos. Um que tira a gordura e outro que desinfeta. Todos os copos são lavados, secos e recolocados nas prateleiras. Os pratos e talheres são levados para a cozinha. Os barris que devem ser trocados são, e uma pessoa (sem descriminação de sexo já que cavalheirismo está fora de moda) fica responsável por reabastecer geladeiras e prateleiras com cerveja, vinhos, destilados e afins.
Enquanto uma pessoa fica responsável por esvaziar todas as latas de lixo, cheias de garrafas e cinza de cigarro, e levar o lixo pra fora, outra dá uma geral nos banheiros, para ver se não ficou ninguém para trás e olha as mesas para ver o que foi esquecido. Os itens mais comuns são guarda-chuvas (quem nunca perdeu um) e casacos (bêbados não sentem frio), mas já foi achado um sapato, óculos de grau, mochilas e até um ursinho de pelúcia que acabou virando o nosso mascote, Roger (o Roger hoje habita a minha prateleira aqui em São Paulo).
Quando finalmente termina, as pernas doem, os pés doem, as costas doem, o cabelo cheira a cigarro, as mãos cheiram cerveja e os sapatos também, devido aos pingos e acidentes de percurso. Tudo que você quer é desabar na cama e acordar só as três horas da tarde, quando começa tudo de novo.
Como freqüentadores, às vezes não damos valor às pessoas que estão nos atendendo e não entendemos quando a pessoa se confunde ou demora a trazer o pedido. Obviamente o bom trabalho e a eficiência têm que existir, mas muitas vezes não lembramos que aqueles que nos atendem estão trabalhando e podem estar cansados, de mau humor ou simplesmente estão tendo um dia ruim.

Saturday, July 01, 2006

Éramos 9...


Na verdade éramos uns 15, e ainda somos...
Praia Brava, 1999

Monday, June 12, 2006

Ver o mundo embaçado é embaçado.

Até uns 9 anos todo exame de visão que eu fazia estava sempre tudo certo. Com 10 meu mundo embaçou e de repente estava com quase 2 graus de miopia usando óculos de aro azul que me deixava com cara de NERD. Logo que fiz os óculos já comprei um par de lentes de contato, daquelas que só podiam ficar até 8 horas. Da segunda vez que usei acabei rasgando uma delas e fiquei só com os óculos com aro azul mesmo.
Minha vida seguiu embaçada nos extremos, mas pra frente tava tudo em foco. Na educação física e na natação era meio problemático já que ou a lente embaçava ou os óculos eram arrancados com mãos e braços atrapalhados.
Quando estava entrando na adolescência resolvi escolher ou os óculos ou as gordurinhas. Como as lentes eram mais fáceis do que emagrecer, decidi ficar com a primeira opção, e aos 13 anos fui deixando minha vida 100% NERD. A vida continuou embaçada, mas não mais na educação física. Coordenação nunca foi meu forte, mas nessa época eu ainda tentava.
Colocar a lente era outra história. Acertar o olho, não piscar, equilibrar a lente no dedo e a abrir o olho o suficiente eram tarefas dificílimas que depois de alguns meses se tornaram a coisa mais natural do mundo. Hoje não preciso mais de espelho e nem estar 100% acordada para colocá-las de manhã. Meus dedos já acham o caminho mesmo quando o cérebro ainda não sabe direito onde estou.
Doze anos e dois graus e meio depois, uso óculos só pra ver televisão antes de dormir e muitos dos meus amigos nem sabem que minha vida é embaçada.
Na verdade, a miopia não incomoda muito e muitas vezes nem lembro dela, mas entrar no mar, nadar olho aberto sem me preocupar se vou perder as lentes e acordar enxergando tudo, a não ser quando durmo de lente e acordo com bendita seca dentro do meu olho, são prazeres que não tenho faz tempo.
Em compensação tenho a vantagem de viver em dois mundos. Um embaçado e outro com foco. Posso ver tudo direitinho ou posso rir da minha cara olhando para o meu mundo de vultos e pessoas desfocadas.
Há dois anos minha miopia parou de evoluir e agora já posso pensar em me livrar de vez desse embaço todo. Com uma cirurgia simples posso enxergar com foco, mas e o medo de não funcionar e ter que voltar aos óculos de NERD, sem direito a lente de contato como prêmio de consolação.

Eu confesso...

Tava no carro de um amigo indo para um churras e eis que ouço uma música familiar. Fazia uns 3 anos que não ouvia. Ainda lembrava da letra, dos gritinhos e dos solos de guitarra... JESUISSS lembrava até da ordem das músicas no CD...
Tá bom vou parar de enrolar e contar de uma vez só. Bem rápido para não chocar os amigos... euaindagostodebonjovi... Ouviram??? Tá bom vou falar direito.
Eu ainda gosto de Bon Jovi.
Não só gosto como ainda sei muita música de cor, tenho todos os CD´s guardados e uma fita VHS (podre) com o show que eu fui assistir no Ibirapuera.
Antes que alguém fale algo. Bon Jovi não é coisa de menina e tem muito menino que gosta e não admite, principalmente na época Blaze of Glory e Bad Name.
Tá certo que hoje o Jon Bon Jovi tá todo esticado e com cara de botox e maquiagem definitiva, mas durante muito tempo foram dele as músicas que marcaram os bailinhos, os amores platônicos, as dores de cotovelo e todas aquelas coisas adolescentes...
Até hoje as músicas novas que tocam no rádio grudam na cabeça (algumas até trazem lembranças engraçadas), mas nada como Always, I´ll be there for you, Prayer´94 e muitas outras lançadas até 1996...

Monday, May 29, 2006

Não vou nada bem....

Estava ouvindo o CD do Seu Jorge com a Ana Carolina e entre uma música e outra encontrei esta musica bem deprê, do francês Serge Gainsbourg, adaptada pelo Seu Jorge.
Ai vai a letra original em francês e adaptada em português.

Chatterton suicidé
Hannibal suicidé
Démosthène suicidé
Nietzsche
Fou à lier
Quant à moi...
Quant à moi
Ça ne va plus très bien

Chatterton suicidé
Cléopâtre suicidé
Isocrate suicidé
Goya
Fou à lier
Quant à moi...
Quant à moi
Ça ne va plus très bien

Chatterton suicidé
Marc-Antoine suicidé
Van Gogh suicidé
Schumann
Fou à lier
Quant à moi...
Quant à moi
Ça ne va plus très bien


(Gainsbourg - Adpt: Seu Jorge / Dani Costa)

Chatterton, suicidou
Kurt Cobain, suicidou
Vargas, suicidou
Nietzsche, enloqueceu
E eu, não vou nada bem

Chatterton, suicidou
Cléopatra, suicidou
Isócrates, suicidou
Goya, enloqueceu
E eu, não vou nada nada bem

Chatterton, suicidou
Marc-Antoine, suicidou
Cleópatra, suicidou
Schumann, enloqueceu
E eu, puta que pariu, não vou nada nada bem
Puta que pariiiiiiiiiiiiiiiiuuuu!!!

Link maior legal!!!!

Para quem sabe francês, aqui vai um site ótimo sobre o Gainsbourg. (Se alguém quiser traduzir pra mim, ficaria muito grata) http://sergegainsbourg.artistes.universalmusic.fr/1024/push/

Friday, May 05, 2006

Visitem

No mardito (e lindinhu) template que eu escolhi não posso colocar links e blogs dos amigos. Por isso, decidi colocar os blogs dos amigos neste post.

Atenção!!! Não está na ordem de preferência, amo todos vocês do fundo do meu coração.

1- Blog do Brendo, o cara é foda e é meu amigo. Louquinho e curintiano (hoje ele tá triste). Me dá a maior força pra continuar escrevendo meus devaneios.
www.brenuscolambrusco.blogspot.com

2- Liniane. Com este nome só tem ela. Gaúcha e agora é professora. Também me dá a maior força.
www.gauchadasemsampa.zip.net

3- Marieiny. Chaveirinho, minha amiga, CDF e adora uma poesia.
www.menorideia.blogspot.com

4- Caio. Ele é NERD que nem eu. Tem fotolog, blog, msn e orkut.
http://caionery.blogspot.com/

5- Professora mais palhaça que eu já tive na vida.
http://cadernoseis.blogspot.com/

Friday, April 28, 2006

Pensamento da semana

Li num livro....

The impossible I can do now, a miracle takes a little bit longer.
(O impossível posso fazer agora, o milagre leva mais um tempo)

Tentativa número dois

o beijo, o sorriso
a angústia, as mãos, a decepção
o gosto, as risadas, o descaso
o cheiro, o coração apertado.
as conversas, o choro contido
o abraço, a tristeza
o carinho, a raiva
as coisas que não tive.

Tuesday, April 25, 2006

Pequeno Pleonasminho Little

O Pequeno Stuart Little é amigo do Galinho Chicken Little?
Será que eles comemoram o dia de Saint Patrick´s Day e lêem James Joyce no dia de Bloomsday?
Ou será que nunca tiveram essa experiência empirica???

Thursday, April 20, 2006

Maior palhaçada

Eu e uns amigos da facul, fizemos um blog com as maiores palhaçadas.
O endereço é www.thepalhacos.blogspot.com.
O blog começou ontem, mas já tem alguns pensamentos palhacísticos.
Entrem e comentem...

Wednesday, April 19, 2006

Wednesday, April 12, 2006

O que as pessoas querem???

Geralmente as pessoas querem o que você não pode oferecer. Se você conseguir oferecer aquilo que elas queriam, as pessoas passam a querem alguma outra coisa que você não pode oferecer... é um circulo vicioso.

Saturday, March 25, 2006

Foto de Quinta 6 - "Secret Garden"



"Secret Garden"

Esta é uma foto do jardim que tinha na casa que eu morei em Oxford.

Bom ter uma graminha pra pisar de vez enquando.

Vale a pena ler....

Há uns dois anos caiu na minha mão um livro chamado "Canto dos Malditos" de um curitibano chamado Austregésilo Carrano Neto.
O livro é uma denúncia aos maus tratos sofridos em hospitais psiquiátricos e um desabafo do autor, que foi internado pelo pai por causa de um cigarro de maconha e passou três anos entrando e saindo de hospitais.
Enquanto esteve internado, Carrano sofreu as maiores atrocidades. Foi dopado com doses diárias de sedativos, viveu em péssimas condições de higiene e teve sessões semanais de eletrochoque.
As descrições e os relatos de Carrano são tão detalhados que em algumas partes do livro você passa fisicamente mal.
Por dar nomes de médicos e hospitais, o livro foi proibido, mas em 2004 foi liberado graças ao grande sucesso do filme "Bicho de Sete Cabeças", baseado no livro.
O filme, estrelado por Rodrigo Santoro e dirigido por Laís Bodanzki é mais leve, mas mesmo assim levanta uma questão importante, as condições em que pacientes são tratados ainda hoje em hospitais psiquiátricos.
Membro do Movimento da Luta Antimanicomial, Carrano vive recluso no Paraná, mas mesmo assim luta para que as condições de tratamento melhorem.
Quanto ao livro, depois de ser liberado pela justiça, pode ser encontrado nas principais livrarias.
Vale a pena!!!!

Palavras legais

Hoje estava conversando com um amigo sobre palavras e chegamos a conclusão que tem palavras muito estranhas que usamos todo o dia.
As Top 10 foram:

1- pneu
2- adquirir
3- comtemplar
4- proparoxítona
5- amuada
6- trouxe
7- absorver
8- adereço
9- alegoria
10- amuleto

Tuesday, March 21, 2006

Não pegou seu diploma, a hora é agora!!!!


No começo do ano resolvi que iria me tornar uma Radialista de verdade. Iria pegar o meu diploma e tiraria o tal D.R.T. (que por sinal nunca foi pedido por nenhum "patrão").
Mesmo sem necessidade achei que depois de 4 anos de formada deveria ter o tal papelzinho.
Liguei na FAAP e quase cai da cadeira quando me falaram que o tal papelzinho, o mais simples de todos, custava a bagatela de RS192,00 (tem alguns que chegam, a custar R$ 400, R$ 500).
Para a minha felicidade e para felicidade de alguns amigos relapsos que não foram pedir seus diplomas, no dia 9 de fevereiro deste ano a Assembléia Legislativa de São Paulo decretou uma lei que obriga as universidades a cobrar no máximo 5 UFESPs (Unidade Fiscal do Estado de São Paulo) o que dá R$ 69,65.
Com uma economia de R$122,35, pedi meu diploma e até o final do ano que vem serei uma Radialista com D.R.T..
Não, vocês não leram errado, o diploma da FAAP demora de 6 meses a 1 ano pra ficar pronto, e quanto a isso ainda não posso fazer nada...

Como este blog também é cultura e adora ajudar o próximo aí vai:


Lei Estadual nº 12.248, de 09-02-2006: Regulamenta a cobrança de emissão de certificados e de diplomas de conclusão de cursos universitários no Estado de SP e dá outras providências.
Fonte: Administração do Site - DOE - Pod. Legislativo de 10-02-2006.p. 06.15/02/2006

O PRESIDENTE DA ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA:

Faço saber que a Assembléia Legislativa decreta e eu promulgo, nos termos do artigo 28, § 8º, da Constituição do Estado, a seguinte lei:
Artigo 1º - Fica estabelecido como limite máximo a ser cobrado pelas instituições de ensino sup erior para a confecção, emissão e registro de diplomas de conclusão de cursos de graduação o valor correspondente a 5 (cinco) UFESPs.§ 1º - Vetado.§ 2º - Vetado.
Artigo 2º - Será permitida a prática de valores superiores ao estabelecido no "caput" do artigo anterior para diploma com características especiais, desde que emitido por opção expressa do requerente e que lhe seja oferecido, ao mesmo tempo, o diploma convencional.
Artigo 3º - O valor cobrado pela emissão do histórico escolar não poderá exceder o limite de 30% (trinta por cento) do valor estipulado no "caput" do artigo 1º e será pago no ato da solicitação do serviço.
Artigo 4º - Fica vedada a cobrança pelo certificado de conclusão, que antecede a emissão do diploma.
Artigo 5º - Esta lei entra em vigor na data de sua publicação.Assembléia Legislativa do

Estado de São Paulo, aos 9 de fevereiro de 2006.

a) RODRIGO GARCIA - Presidente
Publicada na Secretaria da Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo, aos 9 de fevereiro de 2006.

a) Marco Antonio Hatem Beneton - Secretário Geral Parlamentar

Tuesday, March 14, 2006

Se a vida fosse um filme do Tarantino...

Segunda feira, 13 de março, manhã ensolarada.

Como era meu rodizio peguei o carro da minha mãe e fui até a Bienal (a trabalho!!).
Saí de casa as 9, já que ficaria uma hora no trânsito (é ridículo isso, mas já estava conformada em ficar todo este tempo dentro do carro).
A 23 estava indo lentamente, mas indo... tudo bem... eu na pista da esquerda, e o George Harrison ia cantando pra mim..."Here comes de sun, tchurururu, here comes de sun... and I say, It´s all right...".
Até que ... Pow!! Crash!! Splaft!!!
Não sou muito boa em onomatopéias, mas isso quis dizer que um motoboy FDP passou a 200 Km/h direto no meu espelhinho direito, que se partiu em mil pedacinhos.
Não importa o tanto de espaço que você deixe pra eles passarem, sempre tem um FDP que leva algum pedaço do seu carro.
Do jeito que passou correndo, não deu pra ver de onde ele saiu e nem pra onde ele foi...
Fiquei lá, parada, sem ação, que nem o George Harrison, que continuava cantando... "Little darling, it's been a long cold lonely winter. Little darling, it feels like years since it's been here..."

Mas se eu vivesse num filme do Tarantino ...

1- Eu poderia pegar um rifle com mira telescópica, subir no capô do carro e atirar no FDP do motoqueiro assassino de retrovisor.

2- Sairia de carro mesmo perseguindo o motoqueiro pelo meio dos outros carros, raspando a lataria toda até pegar o FDP e acabar com os dois retrovisores dele, na porrada.

3- Pegaria a moto de um desprevenido e iriamos, eu e o meu rifle com mira telescópica, atrás do motoqueiro assassino de retrovisores para ele consertar o meu espelhinho, na porrada.


Como a vida não é um filme do Tarantino, eu fiquei lá, eu o George, pensando... "Quanto será que custa um espelhinho novo?? Será que dá pra pagar em 10 vezes sem juros??"

"Sun, sun, sun, here it comes...Sun, sun, sun, here it comes...Sun, sun, sun, here it comes...Sun, sun, sun, here it comes...Sun, sun, sun, here it comes..."

Friday, March 10, 2006

É bom ser mulher porque...

- ... surtamos, comemos chocolate, choramos que nem umas descontroladas e podemos colocar a culpa na TPM, mesmo que seja no meio no ciclo.

Materinha

Bom, mais uma matéria publicada no site da faculdade, agora sobre Truman Capote.
Como na outra matéria, os links também são de minha autoria.
Para quem ainda não viu, matéria do Eduardo Coutinho continua na "Home".
Aguardo comentários.
http://www2.anhembi.br/publique/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?sid=1921

Thursday, March 09, 2006

Foto de Quinta 4 - "Puzzle"



"Puzzle"

Mais uma de London.
Está é a Saint Paul´s Cathedral refletida num prédio de escritório.

Thursday, March 02, 2006

Oscar 2006

Em época de Oscar todo mundo vira crítico de cinema, um pouco parecido com futebol.
Como eu sou metida, vou colocar os meus palpites, ou pelo menos pra quem estou torcendo este ano.

Melhor filme: "Brokeback Mountain", embora seja apaixonada pelo "Capote"

Melhor diretor: Ang Lee, é ele e pronto.

Melhor ator: Philip Seymour Hoffman, é ele e pronto.

Melhor atriz: Estou torcendo pela Housewife Felicity Huffman, em Transamérica, mas acho que a Reese Witherspoon, de "Johnny e June", leva.

Melhor ator coadjuvante: George Clooney, de Syriana. Se bem que o David Strathairn de "Boa Noite e Boa Sorte" está muito bem.

Melhor atriz coadjuvante: Rachel Weisz, do Jardineiro Fiel. Ela já ganhou todos os outros mesmo.

Melhor roteiro original: torço pelo "Match Point", embora o "Syriana" e o "Boa Noite, Boa Sorte" sejam muito bons.

Melhor roteiro adaptado: mesmo torcendo pelo "Capote", acho que os "cowboys" levam essa.

No UOl tem a lista completa http://cinema.uol.com.br/oscar/2006/indicados.jhtm e a entrega é neste Domingo as 21 horas na TNT, com SAP, Rubens Ewald e sem Analice Nicolau (obrigada senhor).
Deêm seus palpites!!!!

Foto de Quinta 3 - "Céu Cor de Rosa"


"Céu Cor de Rosa"


Mais uma quinta. E hoje é em homenagem a London.
Essa foto eu tirei quando estava indo pra aula porque achei bonito a fábrica e o pôr do sol.
Mal sabia eu que alguém já tinha notado isso, e colocado a mesma fábrica da capa de "Animals" do Pink Floyd.

Outra pessoa

Depois de passar um feriado prolongado na praia (com trânsito na maldita Riviera) e fazer as pazes com a minha amiga Iemanjá, finalmente tirei o mofo e durmi muito.... Agora sou uma nova pessoa, pronta pra mais um ano cheio de bagunça, risadas e muitas emoções....
Só tenho uma coisa a dizer...
Sor-ve-te Ro-chinha, experimente o sa-bor da frutaaaaaaa!!!!

Friday, February 24, 2006

Divulgando a minha "arte"

Bom, ontem consegui entregar minha primeira matéria e ela foi direto pro site da faculdade. A primeira atualização do ano.... Aehhhhh!!!!!
Não é a primeira matéria publicada, mas é como se fosse, já que é um tema que gosto muito, cinema.
Ai vai o link : http://www2.anhembi.br/publique/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?sid=1921
A próxima matéria já está em andamento e o projeto experimental de jornalismo fotográfico precisa de voluntárias... quem estiver disposto a ajudar me avise.

Thursday, February 23, 2006

Foto de Quinta 2 - "Neguinho, volte sempre"


"Neguinho, volte sempre"

Esta foto foi tirada durante umas rápidas férias em Camburi. A placa ficava na estrada, e todo dia que voltavamos pra casa eu dizia... "Volte sempre neguinho!!".
Minha companheira de viagem demorou algum tempo pra entender porque eu dizia aquilo todos os dias...hahahahahaha

Não é desleixo, é falta de tempo

Não consigo mais atualizar o blog como deveria, ou como gostaria, mas em breve terei mais tempo, estarei mais descansada (espero dormir muito no carnaval!!) e com muitas histórias novas pra contar.
No momento estou trabalhando bastante e usando muito o meu cérebro, pequeno, mas cheio de projetos. Com a faculdade fica ainda mais difícil parar e escrever algo nem que seja coisa rápida.
Prometo que é uma fase passageira e brevemente terei muitos posts lindos e divertidos.

Thursday, February 16, 2006

Foto de Quinta - "Pé Nareia"


"Pé Nareia"


Tá bom, to imitando o Tadeu Jungle e a famosa "Foto de Segunda" na cara dura, mas acho que preciso ilustrar mais o blog... então, pensei em colocar fotos legais que eu tirei.
Vou tentar colocar uma foto toda quinta feira.
Esse ai é o meu pé na areia de Cambury. Gostoso, não???

Monday, February 06, 2006

Treinando pra ser tia

Ontem fui ao show da Adriana Calcanhoto “Partimpim”. Não sou nada fã, mas desde o dia que o meu pai apareceu com o CD gostei do projeto, ainda mais depois do DVD.
Como descobri quase na hora do show que eu tinha os convites, acabei indo sozinha mesmo. Chegando lá, no novo auditório do Ibirapuera, tinha criança pra todo quanto era lado a maioria crianças de até 4 ou 5 anos.
Uma pitoca afoita, lorinha e de macacão jeans, estava correndo (sem olhar pra frente), bateu na minha perna e caiu sentada no chão. A queda foi amortecida pela frauda, mas mesmo assim a menina abriu o maior berreiro.
Passado o “trauma” entrei no auditório, lindo, vermelho e com cheirinho de novo. Como estava sem sobrinhos (estou em uma campanha forte pró-sobrinhos, mas ainda não fui atendida), fiquei observando as crianças alheias. Ainda não tinha muita gente, mas logo atrás de mim estavam os avós, os pais e uma menininha de uns 5 anos. A mãe estava contando para a avó que a pequena criança queria por que queria um chocolate do Willy Wonka (sim o da Fantástica Fábrica). Queria tanto que até pediu para o Papai Noel, que, para decepção da menina, educadamente respondeu que não tinha.
No começo do show, a "Partimpim" desce no palco presa por dois cabos de aço segurando alguns balões nas duas mãos como se estivesse voando. Não precisa dizer que as crianças, pra não dizer também os pais, vieram a baixo (literalmente) e ficaram de pé na beirada do palco.
O legal do show é que as músicas são boas, os arranjos são legais, as letras não são idiotas. Lembra um pouco o “Arca de Noé”, “Saltimbancos” e “Casa de Brinquedos”.
Não vou negar que tem algumas músicas que não gosto, mas a maioria são músicas bem divertidas.
Ai vão as favoritas: Ciranda da Bailarina (do Edu lobo e do Chico), Lig-lig-lig-lé (uma marchinha de carnaval do tempo da minha avó), Lição de Baião (muito boa), O Gato e Pulga (com batida eletrônica, sim!!!), Dono do pedaço (melhores efeitos sonoros) e a favorita das favoritas Oito Anos (por que, por que, por que).

Vai a letra da favorita das favoritas


Por que você é Flamengo
E meu pai Botafogo
O que significa"Impávido colosso"?

Por que os ossos doem
enquanto a gente dorme
Por que os dentes caem
Por onde os filhos saem

Por que os dedos murcham
quando estou no banho
Por que as ruas enchem
quando está chovendo

Quanto é mil trilhões
vezes infinito
Quem é Jesus Cristo
Onde estão meus primos

Well, well, wellGabriel...

Por que o fogo queima
Por que a lua é branca
Por que a terra roda
Por que deitar agora

Por que as cobras matam
Por que o vidro embaça
Por que você se pinta
Por que o tempo passa

Por que que a gente espirra
Por que as unhas crescem
Por que o sangue corre
Por que que a gente morre

Do que é feita a nuvem
Do que é feita a neve
Como é que se escreve
Réveillon

Friday, February 03, 2006

E por falar em sonhos esquisitos....

Hoje sonhei com uma pessoa que não vejo faz tempo, pelo menos uns 10 anos.
Ele foi o meu primeiro amor não completamente platônico, até “namoramos” durante uns três dias, com pedido e tudo, mas uma semana depois do “namoro” ele se transformou na minha primeira decepção. Eu tinha 14 e foi nele que dei o primeiro beijo que significou alguma coisa.
Uma amiga jura de pés juntos que um dia o viu na rua, mas isto veio de uma amiga que jurava que meu pai tinha feito uma participação no “Titanic” (sim aquele com o DiCaprio). A última notícia que tive foi que ele casou e mudou pra Porto de Galinhas. Isso já faz uns 6 anos e depois disso nunca mais tive noticias...
No sonho uma amiga me falou “Vem aqui que eu quero te mostrar uma pessoa.”, quando fui ver a pessoa era ele, não exatamente como me lembrava, um pouco mais velho, mais magro, mas era a mesma carinha (pelo menos a carinha que eu lembro).
O sonho não passou disso. Não nos falamos, nem fizemos nada, só olhei pra ele, dei um sorriso e ele retribuiu.
Analisando o sonho, como já sugeriram, não pode ser mais óbvio. Ele foi o primeiro amor e é claro que tenho vontade de rever. Não pra ter alguma coisa, ou pra conversar horas, mas tenho curiosidade de saber o que ele se tornou. Como ele é, se ainda usa aparelho e cabelo comprido, se continua com aquele jeito de encarar as coisas, se ainda gosta, e diz que odeia, Bon Jovi, se virou publicitário ou se abriu uma barraca na praia...
Quando acordei pensei em procurá-lo no orkut e mandar um scrap, mas não achei, pensei em procurar a irmã dele, mas nada. Talvez um dia a gente se esbarre, ou eu o veja no próximo Big Brother, vai saber...

Wednesday, February 01, 2006

Sonhos


Ultimamente as pessoas tem sonhado coisas estranhas comigo. Cada um que vem com a frase: "Putz, sonhei com você ontem!!", já sei que lá vem bomba.
Já morri, já matei, já fui assassinada pelo meu irmão, já fui atropelada por um Scania, já briguei sem motivo aparente.. to achando que inconcientemente as pessoas tem tido uma certa vontade de me matar, num sei bem porque.
A última foi até engraçada. Recebi uma mensagem: "Descobri que voce beija mal.", "Hein???", "Sonhei com você e você beija mal.". Ai ai ai ai ai, era só o que me faltava (só pra constar nunca recebi reclamações quanto aos meus beijos).
Outro dia um amigo veio me dizer que sonhou uma coisa esquisita. Sonhar esquisito é pleonasmo, quantos sonhos são perfeitamente plausíveis, sem súbitas mudanças de lugar, sem pessoas que são uma no corpo de outra, sem gente fazendo coisa que não faria.
Eu mesma tenho tido uns sonhos estranhos mas depois que acordo não consigo lembrar como são, exceto um que me deixou um pouco desorientada no sabado pela manhã. Não vou entrar no mérito do sonho, mas me senti muito mal quando acordei. Alguém me disse que deveria pensar o que a pessoa do sonho significa pra mim e tentar analisar porque eu sonhei o que eu sonhei com ela.
Mas tem sonhos estranhos que vem para o bem, alguns viram filme, alguns video-clipe, alguns contos e outros até livros. Eu tenho alguns anotados, quem sabe um dia viram alguma coisa.

Acho que estou trabalhando

No momento minha mesa está caótica. A síndrome de Amélia de segunda feira foi vencida pela desorganização de sempre. Tem papel pra tudo quanto é lado. Papéis grudados na parede, post-its em volta da tela do computador, duas garrafinhas de água e um copo, gravador, fitas, celular, fone de ouvido que não funciona mais, telefone, canetas, canetas, brinde do Mc Lanche Feliz, bolsa, barra de cereal, outro copo com chazinho da Vivi, crachá, agenda cheia de compromisso anotado, marcado, remarcado, desmarcado, cd´s, grampeador, bloquinho, papel com isso, papel com aquilo, papel, papel, papel, pasta cheia de coisa, eis que o lembrete da próxima reunião pisca na tela do computador, não está na hora ainda, snoose pra mais 15 minutinhos, eis que a luz apaga, maldito sensor de movimento, balanço a mão e nada, bom vou ficar no escuro mesmo. Mais romântico.

Tuesday, January 24, 2006

Pingüins Pingüins Pingüins


Ontem assisti a Marcha dos Pingüins (La Marche de L'Empereur, 2005). Particularmente não tenho muita paciência para assistir a documentários sobre o mundo animal, mas depois de ver o trailler (viu como um bom trailler atrai um espectador) fiquei com vontade de ver.
No começo uma decepção. Alguém esqueceu que o filme se passa na Antártida, onde tudo é BRANCO, e colocou legendas brancas. Como meu francês se resume a três frases, às vezes me dava uma certa raiva de não poder entender algumas falas.
A narrativa em primeira pessoa é diferente de outros documentários do gênero. A voz feminina narra as ações da fêmea enquanto a masculina narra as do macho. Mas a graça fica por conta dos pingüins filhotes.
O que mais colabora é a empatia com os desengonçados pingüins imperadores e suas escorregadas na neve durante a marcha, além da paisagem branca e azul da Antártida.
O filme mostra os pingüins saindo do mar e seguindo para o interior, onde se “casam”, procriam, tem seus filhotes e se separam para voltar ao mar. Os predadores estão presentes, mas muito pouco.
A produção do diretor francês Luc Jacquet demorou 4 anos para ficar pronta, entre projeto e finalização. A dificuldade de filmar durante 13 meses na Antártida já era conhecida da maior parte da equipe, que acordava às 5:30 da manhã e enfrentava frio de até -50º C em uma terra mais seca do que o deserto do Sahara.
As cenas sub-aquáticas feitas a muitos graus a baixo de zero conseguem captar toda a velocidade com que os pingüins nadam e caçam.
A trilha sonora de Alex Wurman e as músicas compostas pela francesa Emilie Simon (que lembra muito a islandesa Bjork, talvez por terem o mesmo produtor) são lindas, mas o cd com a trilha ainda não pode ser encontrado no Brasil, uma pena.


Em homenagem a Liniane, colocarei o link do site oficial em inglês.
No site tem fotos, entrevistas com o diretor, o diretor de fotografia e o câmera, links e muitas outras informações sobre o filme, a Antártida e os pingüins. Vale a pena dar uma olhada.
http://wip.warnerbros.com/marchofthepenguins/

Tuesday, January 17, 2006

A mulher do café

Ontem me lembrei dela. Acho que comentava algo sobre as pessoas esquisitas que freqüentavam o Pub em que eu trabalhei em Londres. Era cada um que me aparecia.
Essa mulher estava todo dia lá e como todo freqüentador pedia sempre a mesma coisa. No caso dela não era bebida e sim café. Ela sempre pedia o número de cafés que ela tinha dinheiro pra comprar naquele dia, que variava entre dois e quatro, às vezes mais, mas nunca menos.
No meu primeiro dia lá ela apareceu e foi pra ela que servi o primeiro café. O difícil foi entender como usar a máquina, mas graças a quantidade de cafés que ela pedia, aprendi rápido.
Uma pena não ter tirado fotos, nem dela e nem das pessoas que passaram pela minha vida lá.
Hoje só consigo lembrar das roupas e quase não lembro mais de seu rosto. Ela devia ter uns 50 anos e usava sempre um casaco comprido azul claro, de um tecido sintético, e um chapéu que lembrava aqueles de turista, que escondia todo o cabelo. Levava também uma bolsa pequena uma sacola de supermercado cheia de coisas.
Ás vezes quando o movimento estava mais fraco eu me pegava observando aquela mulher estranha. Ela sentava sempre no mesmo lugar, uma mesa de dois lugares atrás de um pilar, perto da mesa de sinuca. Frequentemente era incomodada por algum cliente mais alterado que mexia nas suas coisas ou ria da cara dela por estar falando sozinha. Enquanto ficava no bar, ela lia, observava e conversava com um ser imaginário (ou com ela mesma). Ela ria, brigava, falava e chorava. Esquizofrênica talvez. Tinha um andar esquisito, uma aparência fraca, frágil, e devia fazer muito tempo que não encarava um chuveiro.
Um dia estava perto da mesa dela pegando alguns copos e resolvi perguntar o seu nome. Fazia um mês que eu estava lá e achei que seria simpático da minha parte.
Ela era meio assustada, mas quando eu disse que queria saber o seu nome ela abriu um sorriso encabulado e me respondeu: “Dio”. Me apresentei e fiquei mais uns dois ou três minutos tentando explicar como pronunciava Tatiana.
Depois desse dia Dio passou a me procurar sempre que chegava ao bar. Ela comprava de uma vez quatro cafés e eu ia controlando quantos ela tomava durante o dia. Cada café era acompanhado de sete, não oito e nem seis, mas sete sachezinhos de leite. Às vezes ela comprava mais, às vezes ela saía pra comprar algo para comer e voltava umas 2 horas depois, mas no final ela acabava ficando o dia todo lá. Da hora que abria até um pouco antes de fechar.
Um dia tinha uma promoção no supermercado e ela me trouxe um sorvete. O sorvete deve ter ficado horas e horas na bolsa dela até que eu chegasse para trabalhar e ela pudesse me entregar. Quando eu finalmente cheguei, ele estava todo derretido, mas nada que algum tempo na geladeira não resolvesse.
Segundo o meu chefe no Pub, um australiano muito engraçado, Dio era artista plástica e morava em seu estúdio não muito longe dali.
Depois da reforma, o pub virou um lugar mais “descolado”, e as pessoas que freqüentavam o antigo “Trafalgar”, já não eram mais bem vindas pela nova gerência. Assim como Dio, alguns outros migraram para Pubs nas redondezas.
O motivo para ela freqüentar tanto o mesmo bar eu não sei, e provavelmente nunca vou saber, mas com certeza ela deve continuar freqüentando algum Pub londrino, pedindo seus cafés (com sete saches de leite) e falando com seus botões.

Tuesday, January 10, 2006

São Paulo, cidade louuuca

Em São Paulo você pode esperar de tudo, mas tribo indígena no Real Parque, foi a primeira vez.

No final deste ano a Carol, se formou em jornalismo e o tema do trabalho dela foram os índios da tribo Pankararu, do interior de Pernambuco.
Quando ela me falou do tema pensei comigo, “Pernambuco é meio longe, como será que ela vai fazer?”. Foi aí que ela me disse que os Pankararu têm uma comunidade bem mais perto do que eu imaginava, na favela do Real Parque, no Morumbi. Como adoro uma roubada me ofereci pra ajudar no documentário se ela precisasse. Não demorou muito ela me ligou.
Fui lá ajudar na gravação da comemoração do dia do índio. Teve dança típica, o “Toré”, feira de artesanato e um almoço para a comunidade.
Enquanto estava lá na quadra da escola onde fizeram a festa, fiquei observando os indiozinhos fantasiados e os mais velhos se preparando para a dança. Tinha muita criança, alguns moradores curiosos e algumas pessoas que tinham alguma ligação com a ONG ou com os índios.
Além dessa minha amiga, tinha mais uma pessoa fazendo um documentário, para um trabalho de mestrado, e também a percussionista Simone Soul que chegou acompanhada do marido, que toca baixo acústico, e de mais alguns músicos. A Simone e os outros músicos estão ajudando na captação das músicas para um CD para a ONG e naquele dia foram gravar as músicas religiosas usadas pela tribo.
A dança é bem interessante e confesso que gostaria de entender um pouco mais o que eu estava vendo. Tinha crianças muito pequenas participando, com aquelas roupas de palha que cobrem a cabeça e o corpo todo. Uma pena não ter alguém do lado pra me explicar os significados daquilo tudo.
Depois da dança fui conversar um pouco com a minha amiga e com a Dora que dirige a ONG ao lado do pai dela, o “Pajé” do Real Parque. Ela diz que o mais difícil é convencer os mais jovens a manter as raízes e aprender a cultura dos Pankararu. Com as opções que eles têm, às vezes não acham tão atraente aprender as danças e o artesanato da tribo.
No final de 2005, depois de passar uma semana lá em Pernambuco na aldeia, a Carol apresentou o trabalho e hoje ela é uma jornalista formada. Eu ainda tenho mais um ano, mas pretendo me enfiar em mais roubadas como esta para conseguir conhecer mais ainda as peculiaridades desta cidade.

Um pouco da História do Pnakararus:

Os Pankararu, começaram a vir pra São Paulo no início da década de 50 em busca de melhores condições de vida. Naquela época, obras grandes estavam sendo construídas na região do Morumbi - como o estádio de futebol e o Palácio dos Bandeirantes - e os índios decidiram fixar moradia nas proximidades.
Os Pankarus, como também são chamados, ocupam uma área de 14.300 hectares às margens do São Francisco nos municípios de Tacaratu, Jatobá e Petrolândia. Mas, parte do território possui muitas rochas, o que torna a agricultura inviável. Ao todo são cinco mil pessoas, cujo trabalho se concentra na lavoura de subsistência. Na aldeia, assim como aqui em São Paulo, ninguém fala mais a língua original da tribo.
Hoje, estima-se que vivem cerca de 700 pessoas, entre descendentes dos primeiros Pankararus e índios que vieram para São Paulo depois de 1956, quando a favela se formou.
Em 2003 os índios decidiram que precisavam preservar sua cultura mesmo longe de sua terra e para isso, formaram a ONG Ação Cultural Indígena Pankararu. O principal objetivo da entidade é desenvolver trabalhos que não deixem os rituais típicos se perderem.
Até hoje pouco foi feito devido à falta de apoio, mas eles têm muitos projetos como a produção de artesanato, a filmagem de um documentário contando a história da imigração, a gravação de um CD com as musicas da tribo e oficinas que ensinam a utilizar ervas medicinais no dia a dia e a confeccionar vestimentas usadas nos rituais.

Alguns links sobre os Pankararus:
Este é o link da ONG Ação Cultural Indígena Pankararu
http://www.setor3.com.br/sitesolidario/pankararu/
Este é pra saber um pouco mais sobre a tribo
http://www.socioambiental.org/pib/epi/pankararu/pankararu.shtm

Thursday, January 05, 2006

Os 3 filhos de Colibri, desejam um Ótimo Ano Novo

25 anos de confusão

Toda vez que vai chegando o meu aniversário meus pais contam a mesma história. As vezes tem alguns detalhes novos e outras tem a opinião de parentes, mas é quase sempre assim:

Minha mãe estava numa fase meio hippie e natureba e decidiu fazer parto de cócoras.
O que eles não contavam era que eu resolvi que não ia nascer assim tão facinho. Minha mãe ficou quase o dia todo em trabalho de parto e pra facilitar a movimentação da família chovia horrores. No final acabei nascendo de cesária, no Einstein, as 23:01 (noitivaga desde o nascimento).
Pra bagunçar mais, a minha tia, que depois virou madrinha, era instrumentadora da médica que fez o parto. Ela conta que me pegou toda suja e, antes que a minha mãe pudesse me ver, saiu correndo pra me mostrar pra todo mundo. Só algum tempo depois a tia se recompôs e foi ajudar a costurarem a barriga da minha mãe (pode!!!).
Pra escolher o nome teve menos confusão, mesmo sem saber se era menino ou menina.
Eles dizem que foi em homenagem a Tatiana Tolstoi, escritora, ou a Tatiana Belinky, que entre outras coisas escrevia os roteiros do Sitio do Pica Pau Amarelo nos primórdios da televisão, mas eu acho que isso só contaram pra incrementar a história.
Apesar de não ter nascido na Rússia, de alguma forma acabei seguindo a profissão das homenageadas (pra não dizer dos meus pais), e espero ficar uma velhinha tão fofa, cheia de vida e de histórias pra contar como a minha xará Belinky (que conheci quanto estudava na FAAP).

Esse link é uma autobiografia da Tatiana Belinky.
http://www.museudatv.com.br/biografias/TATIANA.DOC

Relaxante ou modeladora

Porque raios eu escolhi a segunda opção!!!!
Ontem, em um dos meus ataques de vaidade, fui fazer uma massagem e a massagista me deu duas opções; massagem relaxante ou modeladora.
Como estou me sentindo meio gorda devido a quantidade de comida que ingeri nesta última semana, achei que a modeladora seria melhor. Big mistake!!!!!
Foi um tal de aperta aqui e ali que uma hora eu quase desisti. O negócio é tão forte que eu ia subindo na maca e de 10 em 10 minutos ela tinha que parar pra eu me arrumar. Fora que quando ela estava massageando minha coxa (só na esquerda, vai saber...) tive um ataque de riso incontrolável (tenho cócegas, vou fazer o que!).
Durante todo o tempo fiquei me perguntando porque não escolhi a relaxante, já que to meio estressada mesmo... mas não, queria tentar uma coisa nova, mais modeladora (tem horas que nem eu acredito nas coisas que eu faço).
Quase nunca faço massagem, ainda mais com fins estéticos, mas fiquei me perguntando se é sempre assim tão “violento”. A pior parte é na barriga. Ela apertou tanto meus pneuzinhos (coitadinhos) que uma hora eu quase pedi penico.
Pelo que andei pesquisando, parece que tem piores.
Pior!!!!
O que as mulheres não fazem em nome da beleza...
Achava que depilar e tirar sobrancelha com pinça era dolorido, mas nunca tinha experimentado massagem modeladora.
Não posso negar que no final da massagem me senti bem melhor e, no fundo, até acho que faz efeito. Mas será que vale o sacrifício ou é melhor continuar com as minhas aulas de Yoga esporádicas??