Thursday, September 06, 2007

Dedé e o pneu furado

Liguei o carro, virei a direção pra sair da vaga e senti uma puxadinha pra direita. Já tinha virado a esquina quando a puxadinha virou um peso e um barulho. Puta que pariu!!!
Parei o carro onde deu, mais precisamente entre a entrada de um escritório de advocacia e um prédio. Sai do carro e fui olhar o estrago. O porteiro, que estava na calçada, nem se mexeu. Olhei com cara de cachorro sem dono na chuva (garoava), e nada, nem um mísero contato visual.
Ligo pra quem? Faço o quê? Arrisco trocar essa coisa sozinha? Melhor não.
Liguei para casa pra perguntar se o seguro fazia essas coisas para dummies como eu e meu pai atendeu. “Peraí que o seu irmão tá indo”. Aleluia!! Como é bom ter irmãos crescidos o suficiente para poder salvar as irmãs indefesas e seus pneus furados.
Dedé, o do meio, é calmo, sério, virginiano e é praticamente um santo. Para a minha sorte, ele estava passando uma semaninha de folga em São Paulo. Cinco minutos se passaram e ele ligou com a maior calma perguntando em que rua eu estava. Em mais dez minutos, lá estava ele com a maior paciência do mundo, olhando a situação e abrindo o porta-malas para pegar o step.
Enquanto trocava o pneu ele ia me explicando, é a veia de professor dos Vitta, não tem como evitar.
Enquanto isso eu estava lá, com a maior cara de que tava entendendo tudo.
A coisa toda parece muito simples. Vou colocar em itens para ficar mais didático.

1- Primeiro você vai até o porta-malas, levanta o tapetinho e destrava algo para poder tirar o step, a chave de rodas e o macaco.

2- Aparentemente tem um lugar específico para encaixar o macaco (super novidade pra mim), mas antes de levantar o carro é bom dar uma afrouxada de leve nos parafusos (assim a roda não gira).

3- Depois disso e hora de soltar os parafusos e trocar a roda. A parte mais fácil de todo o processo.

4- Aí vem a parte mais complicada, encaixar o step. Como não tínhamos lanterna e o porteiro do prédio se limitou a olhar de longe, usei a luzinha meia boca do celular.

5- Pneu encaixado. É hora de apertar os parafusos.

6- Daí é só descer o carro e dar a última apertadinha. Nesta parte é necessário um pouco mais de força e vale até uma subidinha na chave de roda apoiando no carro.

Pronto. Tudo muito simples e rápido. Qualquer um faria isso com o pé nas costas.
Da próxima vez eu já sei exatamente como fazer.... chamo um dos meus irmãos, se eles estiverem por aqui, ou apelo para a seguradora, porque sou uma mulher INDEPENDENTE.

TPM é uma m.

Estava de TPM e precisava dar uma choradinha básica. Mulheres são assim, acostumem-se.
Fiquei zapeando pelos 765384 canais da Net e enfim encontrei um filme de “amor”, de “menina”, chamado Paixão qualquer coisa ou Amor não sei de que.
Uma história é batida. O Josh Hartnett se apaixona pela Diane Kruger e eles namoram. Ela tem uma amiga invejosa que faz umas intrigas e os dois se separam. No final tudo vai bem. A amiga "malvada" fica com peso na consciência e desfaz a confusão. Depois de alguns desencontros os dois finalmente ficam juntos.
Ok, chegou então a cena do grande reecontro, a cena mais emocionante, pelo menos era o que eu achava.
A Diane Kruger está no aeroporto pronta para embarcar pra num sei onde e nunca mais voltar. Enquanto isso, o Josh Hartnett descobre que ela está no aeroporto sai correndo pela cidade, pega aquele trânsito básico de todo filme, procura, procura, procura e finalmente vê a moça. Eles se encontram, se abraçam e enfim tudo dá certo, ou não.
Estava seca por um final lindo, romântico, emocionante e cheio de lágrimas, e... blás, nenhuma lagrimazinha, nada, nada mesmo...
O Josh Hartnett tava colaborando, juro que tava. Apaixonado, lindo, emocionado com lágrimas nos olhos, mas a Diane Kruger tava difícil de acreditar. Ela olhava pra ele e nada, nenhuma lágrima, nenhuma emoção, nada de cara de apaixonada, só uma cara de bunda. Tá certo que era uma bunda bonita, loira, de olhos azuis, mas uma bunda.
Daí num deu, num acreditei, não rolou o amor, quase chorei, de raiva, mas não chorei. o que me restou, foi a frustação e a busca pela choradinha perdida, que acabei achando num seriado qualquer que tava sendo reprisado no final de semana.

Se você não sabe quem é o Josh Hatnett, e quer saber:

http://www.imdb.com/name/nm0001326/

Se você não sabe quem é a Diane Kruger, a alemã fria a calculista que não se apaixona perdidamente pelo Josh Hartnett:

http://www.imdb.com/name/nm1208167/