Wednesday, October 06, 2010

15 anos depois....

É minha gente, há 15 anos eu já podia ir em shows desacompanhada de um adulto responsável...

No momento estou aqui me preparando para ir ao show do Bon Jovi, mais uma vez.

Há quinze anos chovia, muito, hoje já não sei... Rosana Jatobá, que não acerta uma, disse que não ia chover...

Já revelei aqui que eu amobonjovi e hoje uma amiga me perguntou por quê. Respondi que, há anos, ele sempre me diz coisas lindas.

Ele diz:
Shot through the heart and you're to blame. You give love a bad name.
Eu penso:
Eu conheci um idiota assim, ainda bem que você me entende Jonbon.

Ele diz:
I'm a cowboy, on a steel horse I ride. I'm wanted dead or alive
Eu penso:
Jonbon arruma um capacete que eu vou com você.

Ele diz:
Your love is like bad medicine. Bad medicine is what I need
Eu penso:
As vezes a gente faz cagada mesmo, né?

Ele diz:
Cause you were born to be my baby. And baby, I was made to be your man
Eu penso:
Passa aqui em casa Jonbon

Ele diz:
Seven days of Saturday. Is all that I need
Eu penso:
É isso aí Jonbon você leu meus pensamentos.

Ele diz:
I'd beg, I'd steal, I'd die.To have you in these arms tonight
Eu penso:
Precisa não Jonbon, hoje eu to facinha.

Ele diz:
And I will love you, baby – Always. And I'll be there forever and a day – Always
Eu penso:
Passa em casa!!

Ele diz:
I'll be there for you. These five words I swear to you
Eu penso:
To indo Jonbon!!!!

Saturday, September 18, 2010

Tem pessoas...que querem que você seja uma pessoa melhor...

No mês de junho duas dessas pessoas saíram da minha vida. O coração da minha avó desistiu numa segunda feira. Na segunda seguinte, aquela doença levou um grande amigo, um provocador, como ele mesmo se dizia.


Por algum motivo bizarro até agora não tinha conseguido escrever sobre a minha avó. A véinha que ajudou a me criar, que não me deixava dormir até mais tarde e que insistia em me ensinar a cozinhar, costurar e tricotar.

Todas as férias que passei no sítio era a mesma coisa. “Vem aqui ver como se faz o feijão.”, “Vamos fazer um bolo?”, “Vem aqui ver como funciona a máquina de costura.”. A mais famosa de todas era, “Acorda que está sol e a piscina esta limpinha!!”.

Não preciso dizer que de tudo isso só sei fazer o bolo de chocolate, lembro vagamente de um ponto de tricô e que continuo acordando tarde, mesmo que esteja sol e que a piscina esteja limpinha.

Até o seu último dia de vida, ou penúltimo pelo menos, minha avó ainda não tinha desistido de mim. Toda vez que ela me via perguntava se eu já tinha arrumado um namorado e sempre ouvia a mesma resposta. No hospital, entre uma reclamação e outra, não se esqueceu de fazer a pergunta de sempre. Morreu sem que eu tivesse lhe dado um bisneto, mas com certeza está mexendo os pauzinhos com Ele, pra ver se eu desencalho.

O provocador se foi na segunda feira seguinte. Desde que eu o conheci, em 2005, ele sempre estava com uma idéia mirabolante e falava sobre isso de um jeito bem particular.

Ele era uma figura apaixonada pelo mundo gráfico e mandava todo mundo estudar no SENAI. No começo me ajudou muito a entender o que eu estava fazendo, trazia pain au chocolat e outros docinhos para embalar as tardes da galera, apresentava as pessoas com nome, sobrenome e uma ou outra informação importante, tirava fotos sem parar e sempre tinha um projeto interessante na cabeça.

No fim, um pouco desiludido, fez a maior torcida para eu dar um passo adiante. Meses antes de ele nos deixar, liguei dando a boa noticia. O sotaque gaúcho ainda estava lá, mas a força já lhe faltava. Aquela pessoa tão animada e agitada era um homem ofegante que gostaria de ficar horas no telefone para saber de todos os detalhes, mas estava cansado demais.

Monday, February 01, 2010

Pseudo-metaleira


Minha fase rebelde-metaleira veio logo depois da fase Bon Jovi (essa não foi muito bem uma fase). Quando entrei nessa fase precisava de uma banda preferida e, como só conseguia entender o que o James Hetfield cantava, resolvi que adorava o Metallica desde de criancinha.
Em 98 fui com o menino que namorava no show deles no Anhembi. Vacilei quando fui com um moleton do Hard Rock Café cinza claro e destoei muito dos cabeludos de preto. Para enganar comprei uma camiseta do show, que dei para o meu irmão mais novo que ainda não tinha idade pra entrar no show.
Minha fase metaleira não durou muito, para a alegria da minha mãe, mas os CD´s do Metallica continuaram na minha estante.
Onze anos depois eles voltaram e decidi encarar um Morumbi com 68 mil cabeludos de preto. Alguns mais carecas do que cabeludos, já que os fãs deram uma leve envelhecida e a finasterida não deu conta de atender a demanda.
Pontualmente as 20:30 (os metaleiros não são mais os mesmos) o Sepultura cruzou mais um vez o meu caminho e abriu o show. Nessa hora lembrei porque não gosto de Sepultura. Não dá pra entender um C%$@# daquele barulho que eles fazem!!!! O máximo que consegui identificar foram uns grunhidos que se pareciam muito com “roots bloody roots”, um marco na minha adolescência e a causa de pesadelos para alguns dos meus amigos, que nunca tinham visto uma pessoa de TPM (longa história).
Para atestar de vez que os metaleiros não são mais os mesmos o Metallica subiu ao palco extamente as 21:30. Mas ao contrário do Sepultura, nessa hora 68 mil pessoas, sem exceção, gritavam desesperadas. Até o Edmauro, o nosso PM preferido do mundo, no Morumbi, deu uma titubeada quando ouviu os primeiros acordes.
Quando começou o show lembrei como é legal estar num show de rock na pista. Aquele monte de gente feliz cantando, ou gritando, todas as músicas, aquele monte de homem grande e barbado emocionado de ver quatro tiozinhos tatuados e cabeludos (tirando o James e o Lars) de preto tocando guitarra.
Apesar da muvuca, tive sorte. Os cabeludos também não são mais como antigamente e quase não levei cabeladas na cara, muito menos cabeçadas. Até o banheiro químico era usável e tinha papel higiênico!!!!! Para a minha surpresa, teve até espaço para uma gentileza heavy metal. Quase no final do show um moço gentil arrancou um sem camisa da grade e fez espaço pra que eu, no alto do meu 1,62m, pudesse subir na grade pra ver melhor.
A última música antes do bis, Enter Sandman, me fez voltar para a fase metaleira. Extamente para a época que não tinha carro e pegava caronas até a Avenida Paulista com o meu amigo Brandini, num carro sempre lotado de gente.

Wednesday, January 06, 2010

Vinte e nove


O despertador tocou, bati o dedo no soneca e virei pro lado para os meus 10 minutinhos mais amados do Brasil. Foi quando ouvi aquela chuvinha típica de 6 de janeiro, que provavelmente ia dificultar um pouco o uso do meu vestido novo. Nada que um casaquinho não resolvesse.

Como toda boa capricorniana tenho aquele prolema sério no dia do meu aniversário. Desde criança me acostumei a não ter festas. Os amigos e, muitas vezes, os parentes quase nunca estavam por perto para comemorar. Claro que isso foi mudando com o passar do tempo e agora tenho vários amigos que trabalham já no primeiro dia útil do mês, o que deixou os meus aniversários com mais quórum do que o normal.

Quanto aos presentes é sempre a mesma história. Muitas vezes ganho um “melhorzinho” no Natal e no aniversário, como ta todo mundo “falido”, muitas vezes “no hay” presentes.

Esse ano quis fazer diferente e eu mesma comprei um presentão de aniversário pra mim: uma televisão. Mas o que seria uma coisa simples há uns cinco anos, hoje é praticamente uma prova da Fuvest. Por isso, pedi ajuda aos meus “personal nerds” mais amados do Brasil.

Antes a pessoa levava em conta basicamente a marca, o preço e o tamanho da TV. Hoje o negócio é muitoooo mais complicado. Você tem LCD, LED, entradas HDMI, entradas USB, Full HD, conversor digital integrado, ou não, geração 5, 6, 7, 8, número de linhas de sei lá o que e mais um monte de coisinhas que juntas formam e TV perfeita para você.

Definir o tamanho envolveu uma fita métrica e uma discussão sem fim sobre o melhor tamanho de TV para um quarto. Os exagerados diziam 40”, outros 26”, alguns 32”. Fazer os meus “personal nerds” chegarem a um acordo foi praticamente um parto.

No dia de comprar o bendito aparelho contei com a ajuda incomensurável do meu “personal nerd” preferido para assuntos tecnológicos que me explicou pra que servia cada coisa e tentou me fazer entender porque eu precisava de cada negocinho daqueles.

Depois da aula descobri que ligar o DVD na TV por um cabo HDMI deixa a imagem muitooo melhor. Descobri que minha TV tem entrada USB e por isso posso plugar o pen drive direto na telona. Descobri também que posso ligar o meu computador na TV e além de ver os vídeos do You Tube em tamanho gigante posso jogar Tetris, Campo Minado e Paciência Spider em tamanho extra large. (Viu como aprendi rápido)

Mas como dizia o tio do Homem-Aranha: “Com grande poderes vem grandes responsabilidades”. Com a TV nova é mais ou menos assim: “Com novas TVs vem novos aparelhinhos que deixam a sua vida bem mais nitida”.

Como meu DVD antigo não tinha saída HDMI o primeiro passo seria comprar um novo ou investir logo um blu-ray. Se levar em conta que um blu-ray baratinho custa 800 paus, que cada filme custa uns 90 paus, que a TV, mesmo em 10X, foi uma facada e que com a nova TV seria melhor assinar a NET HD , decidi ficar no DVD com saída HDMI que tem um custo mais módico, em vezes.

Ouvindo minhas reclamações de como sou uma coitada que não tem festa e nem ganha presentes no aniversário, meu personal nerd preferido resolveu ser mais preferido e me deu de presente um mega ultra blaster master DVD com saída HDMI e mais um monte de coisas que não sei pra que serve, mas certamente são o máximo!!!!

Plugados os aparelhos vejo que agora minha vida está mais nitida e em 2010 será mais ainda.