Wednesday, March 23, 2011

ConjuntiVitta

Na madrugada de domingo para segunda acordei com uma pressão, perto do insuportável, no olho esquerdo. Senti o olho inchado e pensei que fosse alguma reação alérgica. Coloquei a mão no rosto e nada de inchaço.


Tomei coragem, levantei da cama e fui olhar no espelho. Quando vi meu reflexo, assim meio embaçado (estava sem óculos). Logo pensei... Conjuntivite, really!!!

Pois é fui a premiada...

Na manhã seguinte dei a boa notícia para o meu chefe e tentei marcar um médico. “Três horas de espera no mínimo”, me disse uma, “Não estamos mais atendendo hoje (às 10 da manhã!!!)”, me disse outra.

Apelei para os amiguinhos do meu pai e um deles, oftalmo de Jundiaí, conversou longamente comigo pelo telefone e me deu algumas instruções. Fui fazendo o que ele mandou até conseguir a consulta, com um médico do convênio, no dia seguinte.

Na segunda à noite chegaram os amiguinhos do meu irmão, a banda. Um deles entrou no meu banheiro e, assim que ouvi a porta bater, tive que dar a má notícia. “Não usa minha toalha de rosto senão vai sobrar pra você”. Assim que ele ouviu começou a coçar o olho, mas até agora não fui competente o bastante para passar conjuntivite pra nenhum dos quatro.

Para piorar o pintor começou a trabalhar no meu quarto na segunda à tarde e eu, que ia ficar bem longe da bagunça, estou no meio dela. Consegui montar um acampamento até que decente no quarto do meu irmão e a banda se amontoou no outro quarto. Meu guarda-roupa ficou bloqueado por quase toda a semana e, até o momento, estou sobrevivendo com uma calça jeans, uma calça de moletom, duas camisetas, um casaquinho, um tênis e um chinelo. Super sexy.

Na terça fui ao médico e tive a verdadeira noção do tal surto que só ouvia falar na TV. A sala de espera estava lotada de gente, 99% com os olhos vermelhinhos. Algumas, devo confessar, estavam muito pior que eu. Tinha duas mães com suas respectivas filhas todas com olhos vermelhos. Tinha alguns homens, mulheres e até crianças bem novinhas, todas na base do óculos escuro. Eu, como uso óculos de grau (somente quando muito necessário), não tinha como disfarçar o meu estado.

Quando cheguei as atendentes estavam dando no mínino 3 horas de espera para os casos de emergência (lê-se conjuntivite). Depois de um tempo já pediam para voltar no dia seguinte. Como eu tinha hora marcada, não demorou muito e fui atendida. Em menos de 5 minutos eu estava de volta no corredor com uma receita na mão. Não sei nem se valeu a pena ter ido até lá e, para falar a verdade, fiquei com medo de piorar a minha situação, mas em todo caso...

Voltei pra casa e continuei no acampamento (que só pega a rede Globo), no home office (uma das melhores invenções do mundo moderno, ou não), lavando a mão de 5 em 5 minutos, com o pintor (que continua bloqueando o guarda-roupa) e a banda (que se mostrou mais silenciosa e agradável do que a obra em frente de casa).

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