Friday, March 25, 2011

Roubada é comigo mesma

Essa semana estava contando para a Mari, namorada do meu primo, da minha super aventura no Farol de Santa Marta. A história é tão bizarra que vale a pena o post...


Tudo começou como mais uma viagem tranquila de carnaval, se é que as viagens no carnaval podem ser tranquilas...

Eu, minha amiga oficial de viagens e mais duas amigas decidimos ir para o Farol de Santa Marta. Coisa simples. Passagem de avião pra Floripa, de lá pegaríamos um busão para Laguna e outro que atravessa para a ilha. Mas ninguém contava com a nossa astucia para transformar uma coisa simples numa mega aventura cheia de roubadas. Pra variar.

Até Floripa tudo certo, mas chegando lá ouvimos que tinha problema na estrada e que a viagem até Laguna estava demorando mais que o dobro do tempo. Minha querida amiga, que não queria perder nenhum momento de sol, nos convenceu que seria melhor passar o dia em Floripa e pegar o busão para Laguna de noite.

Nos trocamos no banheiro da rodoviária, coisa digna do Cirque Du Solei, pegamos um busão e fomos para a praia. Decidimos ir pra uma praia que diziam ser lindíssima, mas assim que chegamos notamos vários homens lindos, sarados, bronzeados... todos gays. O negócio foi tomar sol, uma cervejinha gelada e admirar a paisagem mesmo.

No fim da tarde voltamos para a rodoviária e, sem banho, pegamos o ônibus pra Laguna. Chegamos em Laguna tarde e, como tinha chovido muito naquela semana, não tinha mais como chegar no Farol naquele dia. O único jeito era esperar o primeiro ônibus do dia seguinte.

Na rodoviária conhecemos o Guga, um fotógrafo/surfista que estava voltando do Farol e não tinha conseguido ônibus de volta para Floripa.

Partimos então, nós quatro e o nosso novo melhor amigo, atrás de um lugar pra ficar até o dia seguinte. Como a cidade estava lotada (nenhuma de nós sabia que o carnaval de Laguna era tão popular), o quarto mais barato que achamos custava quase o preço que pagamos pra ficar todos os dias no Farol.

Depois de muito passear de taxi pra lá e pra cá, nosso novo melhor amigo lembrou que tinha um amigo que tinha uma casa em Laguna e, talvez, pudesse nos abrigar. Paramos o taxi na frente da casa do tal amigo e o Guga desceu para contar a nossa história triste. O amigo se comoveu com a nossa dor e nos abrigou num dos quartos da casa.

No dia seguinte seguimos para o Farol e, quando pensávamos que o pior tinha passado, um carro com 500 quilos de alto falantes para em baixo da nossa janela e liga o som “Quando ela me vê. Ela mexe. Piri pipiri pipiri piri piri pirigueti. Rebola devagar. Depois desce. Piri pipiri pipiri piri piri pirigueti.” . De lá, ele só saiu na quarta-feirta de cinzas.

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