Friday, October 30, 2009

O incrível caso da escova de dentes voadora


Chegamos em Los Angeles de noite. Nosso hotel ficava num lugar esquisito cheio de japoneses e de placas que não conseguíamos entender. Depois descobrimos que estávamos em Korea Town, ou coisa assim.

Na recepção do hotel eram todos japas, ou coreanos, ou orientais, e naquele dia tinha um casamento de um cara com nome cheio de “W” e uma moça cheia da “X”.
No primeiro dia quisemos fazer o básico turístico, ver as casas dos famosos. Fomos em duas e percebemos que eu mesma poderia fazer as casas dos famosos do Campo Belo, é só escolher um endereço, um nome famoso e colocar no mapa.
Desistimos daquela coisa de gente famosa e fomos comprar... tô brincando, fomos passear.
Los Angeles é uma cidade esquisita, grande, espalhada, mas cheia de coisa pra fazer, até as 22 horas, pelo menos.

Um dos lugares mais bonitinhos e gostosos de passear é o Farmer’s Market, que tem várias lojinhas, restaurantes e uma praça, que no dia que estávamos lá tava passando um filme antigo num telão ao ar livre.

Duas coisas legais para visitar pela arquitetura são o Walt Disney Concert Hall, feito pelo Frank Gehry, o mesmo do Guggenheim de Bilbao e o museu Getty, que fica no alto de uma das colinas de Los Angeles.

No último dia marcamos a visita aos estúdios da Warner as 8:20 da matina e não precisa dizer que o dia começou bagunçado.

Acordamos muito cedo para os padrões de qualquer ser humano de férias e eu, no meu incrível bom humor matutino, fui escovar meus lindos dentinhos. Eis que a escova de dente sai voando da minha mão, não sei porque, e bate no móvel. Eu, em câmera lenta, previ o terrível resultado daquele acontecimento e sofri. A escova bateu aqui, bateu ali e foi direto parar no fundo do vaso sanitário. DELÍCIA!!!!

Como estava sozinha no banheiro, respirei e tentei esboçar uma reação blasé, mas num deu. A minha querida amiga tinha visto tudo pelo reflexo do espelho da porta do armário e já estava rolando de rir da minha cara.

Passado o trauma matinal entramos no carro e ligamos o GPS. Não preciso dizer que fomos para o lugar errado, já que o estúdio não ficava em Los Angeles e sim em Burbank, que, para a nossa surpresa, não era um bairro e sim uma outra cidade.

Chegamos atrasadas, meios esbaforidas e entramos no estacionamento. A motorista, que não era eu, foi estacionar na vaga do lado do único carro estacionado ali (ou praticamente o único). Foi quando eu ouvi um barulho. Sim, a mulher do carro ao lado abriu a porta e o nosso espelhinho sofreu irreparáveis avarias. Ficou como os espelhinhos ficam na 23 de maio depois que passam os motoboys.

Passado o segundo trauma do dia entramos no estúdio e conseguimos udar o horário do tour.

O tour foi um capítulo a parte. Vimos onde era gravado o ER e o True Blood, vimos o museu dos carros, com o batmóvel velho, o novo e o Grand Torino original. Entramos no estúdio do Two and a Half Men, um dos meus preferidos, e do Mentalist, que nunca assisti um capítulo inteiro. No site eles dizem que o tour nunca é igual, já que depende dos estúdios estarem liberados, mas uma coisa que acontece em todos os tours é a visita no Central Perk, sim o café do Friends.
Saímos da Warner direto para os estúdios da Universal, que teve encontro com Norman Bates em pessoa, com cara de louco, Bates Motel e corpo no porta malas do carro.

1 comment:

Mr. Lemos said...

O post deveria se chamar: o incrível caso das histórias contadas um ano depois... huauhahuahua
saudade